Roses Blue

Rafael Campos

Capítulo um. Parte 1. As rosas azuis aparecem.

Prólogo.

—Isso tem que funcionar.

Dizia uma garota tendo seus dezessete anos, enquanto seguia subindo as altas escadas de um templo abandonado, a chuva ainda estava caindo sendo final da tarde, mas estando com o céu muito nublado.

Ela vestia roupas de uma simples colegial do ensino médio, e parecia estar ferida na região de sua canela esquerda.

—Groooow!

A garota acabou se assustando ao ter ouvido um grunhido vindo da floresta, que ficava abaixo da montanha e das escadas do antigo templo.

Ela então apertou seus lábios e continuou subindo as escadas com dificuldades, enquanto segurava com seus três dedos da mão direita uma rosa azul escuro, bela com tom azul claro em seu botão no interior da rosa.

—Eu vou precisar usar essa rosa...

Disse ela ao ter finalmente subido as escadas e ter visto o portal do templo, que estava rachado e quase sem sua cor vermelha.

Nesse instante algo realmente assustador veio subindo as escadas do templo, parecia ser um monstro com um aspecto muito parecido com uma múmia, mas ao invés de faixas eram cipós com espinhos, tendo três metros e meio e sendo extremamente musculoso.

Em apenas alguns segundos que a garota se jogou para atravessar o portal, nesse instante o monstro já havia chegado a ela com sua mão estendida, para poder agarrar a cabeça dela.

—Rose Blue!!

Ao ter gritado isso toda a área e tudo ficou num tom azul claro, e a chuva assim como o monstro de espinhos e olhos dourados ficou congelado, menos a garota que por fim atravessou para o outro lado do portal, e acabou caindo no chão.

—Ité!

Após ter levantado metade de seu corpo a garota olhou ao redor, vendo as pessoas assustadas ao seu redor, que estavam na área do templo, o qual tem uma aparência de um templo muito bem cuidado.

—Eu realmente consegui... eu vou te salvar eu...

Ela começou a derramar algumas lágrimas enquanto se pôs de pé e olhou para o templo, e por fim abraçou a rosa azul próximo ao seu corpo, enquanto seguia olhando para o templo.

—Eu finalmente vou te salvar meu... meu Ren-chan...!

A garota começou a andar até o templo, estando ainda chorando e mudando seu semblante para um sorriso, mesmo ainda derramando lágrimas que dessa vez eram de alegria.

—Rose Blue... eu desejo...


Capítulo um. As rosas azuis aparecem Parte 1.

“Por que as coisas acabaram assim?”

Pensava um jovem garoto de cabelos pretos e olhos cinzas, que estava ao lado de uma garota de longos cabelos pretos.

Ambos estavam num quarto escuro, com apenas as velas da mesa preta iluminando o ambiente, e um smartphone no chão que parecia estar marcando as horas, sendo 23:00 da noite.

As cores do quarto grande do hotel era preto e cinza escuro, assim como as roupas dos dois que eram pretas.

As roupas do garoto sendo uma blusa social preta e calça social preta, já a garota vestia vestido sem mangas com decote, indo até a altura de seus joelhos e meia calça preta.

Mas algo nessa cena chamava a atenção, que era cerca de sete rosas azuis que estavam espalhadas pela mesa, com talheres de prata sujos após a refeição de ambos, ou melhor dizer a última refeição.

Ah garota acabou encostando a testa dela na testa do garoto, ao ter virado a cabeça dele para ela, que simplesmente sorriu com suas últimas forças e por fim encostou sua testa na dele, fechando assim seus olhos e dizendo suas últimas palavras.

O garoto já não conseguia ouvir as palavras da garota, devido a também já estar morrendo.

Mas era realmente uma cena bem triste, ver jovens morrendo desse jeito, talvez ambos estivessem triste por não poderem viver juntos como um casal, ou simplesmente era algo mais sério o relacionamento dos dois.

“...Tudo isso... eu realmente devia ter sido mais... eu devia... ter sido mais inteligente...”

Pensava ele enquanto começou a sentir que já não adiantava mais lutar, já que seus poucos segundos de vida estavam se esvaindo bem ali naquele chão de hotel.

“...Eu errei muito... não devia ter... não devia ter agido assim...”

Ele seguia pensando, mesmo que qualquer pensamento de culpa fosse inútil, ele já não poderia mais se culpar.

Uma pétala azul acabou caindo na mesa, isso só poderia significar uma coisa, o fim de tudo para os dois, para esse casal de jovens.

“Se eu não tivesse ido atrás dessas rosas... eu com certeza... me desculpe Okaa... me desculpe Sa... eu... não fui um... bom... ir-...mão...”

Logo o garoto começou a fechar lentamente seus olhos, se entregando a morte sem ter mais forças, ele apenas tentou olhar para a garota que já estava morta, e como um último esforço de seu corpo uma última lágrima escorreu, demonstrando que ele havia chegado ao fim do sofrimento.

“Talvez eu te... te... tenha fe... fei... feito as esco-...”

Por fim ele acabou fechando seus olhos enquanto falava suas últimas palavras em sua mente, ou melhor dizer confessava seus erros.

“Ro... Ro... Se... Se...”

—...

As rosas azuis começaram a deixar algumas de suas pétalas caírem, como se fosse um sinal de que tudo havia chegado ao fim.

Mas por que? Por que tudo havia chegado ao fim, o que aconteceu quem são esses dois? O que um era para o outro? Namorados? Um casal? Amigos? Amantes? Rivais? Inimigos? Ou...? Ou ambos eram...? O que são essas rosas azuis...?

Mais uma pétala havia caído e voado até os dois, que estavam com uma de suas mãos juntas e por fim a pétala caiu, sobre a mão dos dois.

—... As pétalas começarão a cair... e os desejos começam a se enraizar com espinhos e sangue... será que isso seguirá ou é o fim...?

—...Né... qual o seu desejo...? É um desejo egoísta ou... é um desejo sincero...? Qual o seu de-se-jo...?



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